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Qual é o papel do músico na Igreja?

Em cumprimento as escrituras, vivemos dias difíceis em nossas igrejas, onde compromisso com a obra de Deus é coisa da minoria de seus membros, que tem priorizado seus interesses pessoais e individuais em detrimento dos interesses do Reino de Deus e todo o seu coletivo. Este raciocínio pode se aplicar a todas as frentes de trabalho das igrejas, mas vamos nos ater apenas aos ministérios de louvor.
Os ministérios de louvor das igrejas, com certeza, são os mais visados. Além do diabo, que utiliza vários tipos de estratégia para anular o papel do ministério de louvor, eles também são visados por muitos membros da igreja, que gostariam de estar à frente participando, o que é perfeitamente aceitável e sadio. O problema é que a maioria dos cristãos não entende a amplitude e responsabilidade de ser um ministro de louvor, e a seriedade das atribuições de quem tem este título.



Em primeiro lugar, o ministro de louvor deve ser humilde. Jamais devemos nos esquecer de que somos servos, com funções muito importantes para o Reino de Deus, mas somos servos, e como servos, não devemos, e nem podemos agir como senhores, nem nos achar superiores aos demais irmãos. Em Filipenses 2-3 isso fica muito claro: “Nada façais por espírito de partido ou vanglória, mas que a humildade vos ensine a considerar os outros superiores a vós mesmos”. Não consigo assimilar a ideia de um ministro de louvor soberbo ou altivo, pois tal comportamento demonstra falta de conhecimento de princípios bíblicos básicos como humildade. A soberba, talvez seja o motivo de existirem tantos músicos frustrados e/ou mau sucedidos no meio católico.
O ministro de louvor é um operário, e como tal, deve ser aprovado. “Procura apresentar-te diante de Deus aprovado, como operário que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” (2 Timóteo 2,15). Muitos tem brincado com Deus, estamos no tempo da graça sim, mas o nosso Deus não mudou quando o assunto é pecado. Ficamos assustados com o número de pessoas que, se dizendo ministros de louvor, cometem os mais variados tipos de pecados, e o que é pior, permitem que suas mentes se cauterizem e já não se dão conta do risco que correm subindo ao altar do Senhor em pecado. Devemos ser exemplos dentro e fora da igreja, para que ninguém tenha nada que nos desabone, e que tenhamos livre acesso as pessoas, para ensiná-las e orientá-las acerca da Palavra do Senhor. Devemos procurar participar das atividades da igreja, dos grupos específicos (jovens, adolescentes e de casados) auxiliando em tudo que se fizer necessário.
O ministro de louvor deve estar sujeito à autoridade. “Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as que existem foram ordenadas por Deus” (Romanos 13,1). O princípio da autoridade vem de Deus, e não pode ser ignorado. É comum em nosso meio pessoas que resistem, desrespeitam ou simplesmente ignoram seus líderes ou pastores. Questionar ou descordar de ideias ou posicionamentos de seu líder não é pecado, desde que seja feito com respeito, e a luz da Palavra de Deus, pois Deus nos deu inteligência para analisarmos as situações para que não aceitemos nada que esteja fora da sua Palavra. Só que isso não nos dá o direito de nos rebelar contra nossos líderes, de desrespeitá-los, dirigir palavras ríspidas a eles. Em I Samuel 15,23 diz que o pecado de rebeldia é como pecado de superstição. Devemos ter muito cuidado no trato com os nossos líderes e autoridades, para que não nos enquadremos no conteúdo deste versículo.
Valorize o seu ministério. “Mas em nada tenho a minha vida como preciosa para mim, contanto que complete a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus” (Atos 20,24). Paulo nos mostra neste versículo qual o real valor do ministério que Deus nos deu. Não é difícil encontrar ministros de louvor, “parados” em nossas igrejas, decepcionados ou chateados com alguém ou alguma situação que tenha ferido seu coração, desagradado algum interesse pessoal ou por qualquer outro motivo. O diabo sempre tentará acabar com nosso ministério, e usa muitas armas sujas para atingir seus objetivos criando situações que causam desânimo, desentendimentos e consequentemente a ruína do nosso ministério. Temos que ser fortes e corajosos e constantes na fé pois, Deus nos confiou algo muito precioso e certamente nos cobrará os frutos.
E por último e não menos importante, seguir as regras de seus respectivos grupos ou ministérios. Pergunto-me sobre qual justificativa, os membros de ministérios de louvor quebram regras com tanta facilidade. Podemos citar exemplos comuns como atrasar-se para os ensaios, missas, reuniões e compromissos em geral ou levar para casa instrumentos ou utensílios da igreja sem a devida autorização. Por que não chegamos atrasados em nosso trabalho ou levamos para casa objetos da empresa sem a autorização da nossa chefia imediata? Devemos agir na obra do Senhor com o mesmo zelo que agimos em compromissos seculares como nosso emprego. As regras existem para organização do grupo, para que o caos não se instale com cada um fazendo o quem bem entende. Ao contrário do que dizem no mundo, regras são feitas para serem seguidas, e caso não consigamos devemos comunicar ao nosso líder as nossas dificuldades e tentar chegar a um consenso respeitando sempre sua palavra final.

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